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White Collar



Neal Caffrey (Matthew Bomer, o Bryce de Chuck) é um golpista de fama mundial, mestre no crime do colarinho branco. E daí deriva o título da série. Para quem não sabe, aí vai a definição:

“Um crime cometido por uma pessoa respeitável, e de alta posição (status) social, no exercício de suas ocupações.”

Quando a série se inicia, Caffrey foge do lugar onde está preso, faltando poucos meses para a conclusão de sua pena de quatro anos, com o intuito (inicial) de encontrar um antigo amor, Kate. Contudo, é recapturado por Peter Burke (Tim Dekay), o mesmo agente responsável por sua prisão anterior. Então, Neal sugere algo que, a primeira vista, parece surreal: Em troca de liberdade condicional, utilizar suas habilidades criminais para ajudar Burke a capturar outros criminosos como ele. A partir disso, a série se desenrola.

Mas o que destaca White Collar das outras produções do gênero? Primeiro, a força de seus personagens que fez com que eu fosse conquistado, de cara, no piloto. Neal é refinado, elegante, charmoso, engraçado e inteligente. É impossível não gostar do personagem, seja por suas habilidades criminais ou pelo seu desejo desenfreado de encontrar Kate. Ele é decidido e não mede esforços para conseguir o que quer (e geralmente acaba conseguindo). A química que possui com Peter é simplesmente fantástica. Trabalhando juntos e tentando confiar um no outro, os dois desenvolvem uma amizade não-declarada e acabam salvando a vida um do outro por diversas vezes. Sem contar, claro, os momentos cômicos proporcionados por Neal e seu senso de humor único.

Os outros personagens também não decepcionam e, acima disso, são importantes para que a dinâmica da série se desenvolva de uma forma tão boa. Elizabeth, esposa de Peter e interpretada pela famosa Tiffani Thiessen (de Beverly Hills 90210), é uma personagem absurdamente cativante que acaba mostrando uma face caseira de Peter que não podemos ver durante seu trabalho com Neal. A personagem também é, ao lado do fiel escudeiro de Neal, Mozzie (Willie Garson), um alívio cômico maior para a série. Todos os personagens são detentores de um entrosamento bem bacana e que faz com que eles sejam mais do que aquelas simples figuras: É possível sentí-los como nossos amigos. A gente consegue se importar com eles a ponto de torcer para que tudo corra bem e que nada de mal aconteça.

Outro trunfo da série – e aqui eu acho que é o maior dela – é conseguir fazer um excelente balanço entre sua trama central (conspiração, a busca de Neal por sua amada e todas as ramificações que isso acaba por trazer) e os chamados “casos da semana”. Na maioria absoluta e esmagadora dos episódios, as duas coisas se desenvolvem paralelamente. E o melhor: Sem parecer algo corrido ou forçado. Os casos que Neal e Peter resolvem são interessantes, pra lá de legais e conseguem despertar tensão, dúvida e curiosidade. Além de servir para desenvolver lentamente e de forma gradativa a relação de confiança e amizade entre o agente do FBI e seu consultor.

Outro jogo bem bacana que a série faz com a gente é aquela velha coisa de que nada é o que parece ser. E aqui, isso funciona MUITO bem. Ela nos faz acreditar que ninguém é completamente inocente e que todos têm alguma coisa a esconder. E isso não acontece apenas uma vez. A solução dos casos semanais se destaca por muitas vezes fugir ao óbvio, mas na trama central isso também acontece. White Collar nos faz duvidar da índole de tal personagem em um episódio e nos deixa com a pulga atrás da orelha, para explicar toda a situação logo no episódio seguinte. Mas até que apareça algo que prove o contrário, todos sãos suspeitos.

E aí, que tal aproveitar esse tempo para conferir a série? Mesmo com a fall season batendo na porta, ela é daquelas que vale a pena encaixar entre uma e outra e dar uma conferida.

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