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The Lake House



Refilmagem do longa coreano de 2000 “Siworae” (conhecido como “Il Mare”), de Lee Hyun-seung, “A Casa do Lago” é um filme interessante, que foge um pouco dos romances que chegam aos cinemas na atualidade. Carregado de emoções, o filme deixa o espectador com uma sensação de alívio e felicidade ao final do mesmo, a pessoa percebe que viu algo ao mesmo tempo bonito e inteligente.

Kate Forster (Sandra Bullock) é uma médica solitária, que morava em uma casa de vidro à beira de um lago. Hoje esta casa é ocupada por Alex Wyler (Keanu Reeves), um arquiteto brigado com o pai (Christopher Plummer, excelente como de costume). Kate passa a trocar cartas com Alex e descobre que estão separados pelo tempo, um vivendo em 2004 e o outro em 2006. Essa diferença temporal é o grande diferencial do filme, pois consegue transformar tal trama em algo plausível. É claro que é irreal, mas essa é a beleza do cinema, transportar para as telonas algo além de nossa realidade. O fato de a diferença temporal ser pequena, apenas dois anos, é outro ponto positivo, pois deixa a expectativa de que um dia os dois podem acabar se trombando, sem que fosse necessária uma máquina do tempo.

Passados doze anos desde que trabalharam juntos no clássico pipoca “Velocidade Máxima”, Keanu Reeves e Sandra Bullock voltam a trabalharem juntos. Sandrinha prova que está na melhor fase de sua carreira e, após brilhar no Oscarizado “Crash - No Limite”, é responsável pelas seqüências mais emocionantes de “A Casa do Lago”. Já Neo, ou melhor, Keanu não se sai tão bem. Ele vai muito bem em filmes de ação em que não lhe são exigidas expressões algumas, aqui ele é o responsável por não estarmos diante de uma pequena obra-prima. Reeves não convence como alguém perdidamente apaixonado. Seus momentos de tristeza são risíveis, sem contar que o ator foi o responsável pela pior cena de espiro da história do cinema (parece algo estranho de se falar, mas vocês notarão!).

Mas a limitação artística do astro de “Matrix” não deve impedir ninguém de ir ao cinema, a história é muito bonita, apesar de um pouco previsível. O filme é dirigido com competência pelo argentino Alejandro Agresti, em seu primeiro trabalho em língua inglesa.
Curiosidade: o endereço do apartamento da personagem de Sandra Bullock, 1620 Racine, é o mesmo em que morava o personagem de Sean Connery em “Os Intocáveis”.

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